quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Estátua-julgamento

A estátua na praça
do centro da cidade
está esquecida
quieta
no meio da agitação urbana
onde as pessoas correm apressadas
e ninguém se preocupa com nada.
Altiva em sua imobilidade
parece um juíz
observando e julgando
quem por ali passa.
Um pombo vem voando
baixinho e vagaroso
num vôo doentio
parece estar morrendo
ele acaba de passar
pelo julgamento da estátua.

Flávio Soares

2 comentários:

Jorge de Barros disse...

Lembro bem dessa aqui!

Abraço,poeta!

Flávio Antunes Soares disse...

E o pior é que acho que ainda não terminei esse poema, estou sempre mudando um coisa ou outra nele.
Um abração, cara!