Magno era um homem que se achava conhecedor das coisas, não era graduado, mas lia bastante sobre vários tipos de assuntos e como já tinha uma certa idade, e tinha presenciado de tudo um pouco na vida, acreditava ser um sábio.
Em seu quintal havia um formigueiro e todos os dias um exército de formigas marchava em volta da casa a procura de suprimentos. Ele observava aquilo curioso e se perguntava por que elas trabalhavam tanto, e como podiam ser tão organizadas.
Até que um dia leu numa revista ecológica, a teoria de um biólogo, afirmando que os formicídeos não podem ver as pessoas, porque vivem num universo limitado. É como se os humanos fossem superiores a eles de tal forma que não consigam notar a presença do homem em volta deles.
Resolvendo tirar a prova, Magno foi ao quintal e quando viu as formigas em sua rotineira marcha pôs um pé no meio do carreiro. As pequeninas trabalhadoras passaram por cima dele e continuaram o caminho. Insistente, ele põe o outro pé, e para sua surpresa algumas caminhavam sobre ele ignorando sua gigantesca superioridade, e outras davam a volta continuando tranqüilas seu percurso.
Enraivado, o homem pisoteia dezenas delas. Mas não contente ainda chuta o formigueiro e se delicia com o desespero dos pequeninos seres. E para satisfazer sua onipotência em relação aos insolentes insetos, pega um balde d'água e joga no formigueiro provocando um dilúvio naquele mundinho. Após alguns minutos o mundo das formigas não existe mais. As mais resistentes ainda se contorcem no chão tentando sobreviver, mas Magno as esmaga com um dedo e vê-se satisfeito. Sentia-se um Deus assim. De repente, uma indagação lhe veio à mente.
Quem lhe garantiria que ele não era como as formigas, que andava pela Terra na sua vidinha humana, enquanto seres superiores cuja presença era incapaz de perceber observavam-no e se divertiam com suas ações esperando só pelo momento em que o esmagariam ou cuspiriam em sua cabeça?
Em seu quintal havia um formigueiro e todos os dias um exército de formigas marchava em volta da casa a procura de suprimentos. Ele observava aquilo curioso e se perguntava por que elas trabalhavam tanto, e como podiam ser tão organizadas.
Até que um dia leu numa revista ecológica, a teoria de um biólogo, afirmando que os formicídeos não podem ver as pessoas, porque vivem num universo limitado. É como se os humanos fossem superiores a eles de tal forma que não consigam notar a presença do homem em volta deles.
Resolvendo tirar a prova, Magno foi ao quintal e quando viu as formigas em sua rotineira marcha pôs um pé no meio do carreiro. As pequeninas trabalhadoras passaram por cima dele e continuaram o caminho. Insistente, ele põe o outro pé, e para sua surpresa algumas caminhavam sobre ele ignorando sua gigantesca superioridade, e outras davam a volta continuando tranqüilas seu percurso.
Enraivado, o homem pisoteia dezenas delas. Mas não contente ainda chuta o formigueiro e se delicia com o desespero dos pequeninos seres. E para satisfazer sua onipotência em relação aos insolentes insetos, pega um balde d'água e joga no formigueiro provocando um dilúvio naquele mundinho. Após alguns minutos o mundo das formigas não existe mais. As mais resistentes ainda se contorcem no chão tentando sobreviver, mas Magno as esmaga com um dedo e vê-se satisfeito. Sentia-se um Deus assim. De repente, uma indagação lhe veio à mente.
Quem lhe garantiria que ele não era como as formigas, que andava pela Terra na sua vidinha humana, enquanto seres superiores cuja presença era incapaz de perceber observavam-no e se divertiam com suas ações esperando só pelo momento em que o esmagariam ou cuspiriam em sua cabeça?
Flávio Soares
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