A primavera despiu-se
devido ao forte calor de sua beleza
uma falsa beleza.
O seu florido suor
uma falsa beleza.
O seu florido suor
banha a fatigada face da terra
de semblante agonizante
e dissimuladamente
de semblante agonizante
e dissimuladamente
a primavera sorri.
Uma flor nasce no asfalto
tão bonita e esquisita
mas instantaneamente tomba
em fatais espasmos de dor
cancerosa em suas pétalas.
Chorem aqueles
tão bonita e esquisita
mas instantaneamente tomba
em fatais espasmos de dor
cancerosa em suas pétalas.
Chorem aqueles
que já foram tão belos um dia
e que hoje encaram os espelhos de olhos vendados
e rezem pela primavera
esse cadáver que recusou-se a ser enterrado
e preferiu ser cremado
nos venenosos raios solares
e ter suas cinzas espalhadas no ar
que os tufões sempre levam
pra passear na fumaça.
e que hoje encaram os espelhos de olhos vendados
e rezem pela primavera
esse cadáver que recusou-se a ser enterrado
e preferiu ser cremado
nos venenosos raios solares
e ter suas cinzas espalhadas no ar
que os tufões sempre levam
pra passear na fumaça.
Flávio Soares
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