sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A perda da inocência

Tempo saudoso em que feliz vivia
num conto belo de alegrias mil
na vida minha o meu ser nunca via
sórdido mundo, essa verdade vil.

Na minha mente poesia havia
junto c'um céu de cor azul anil
minha visão era uma fantasia
como se fosse neve no Brasil.

Mas só que hoje o que restou de mim
são restos pútridos dum ser humano
sou este homem que aqui está se lendo.

Que se desfaz na mente atrás do fim
de não viver a vida em desengano.
Abri meus olhos. Mas que mundo horrendo!

Flávio Soares

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