sábado, 7 de março de 2009

Numa tarde solitária, a morte

Estirado na cama
morto refletindo sobre a morte
suspiro em harmonia
com o choro do tédio.

Tenho os ouvidos atentos aos barulhos da rua
como um prisioneiro que comtempla o mundo
pelas paredes do cárcere
qualquer som
seja o motor de um carro
a risada de algum bêbado
ou uma voz feminina
pinta a minha volta
um mundo desconhecido.

Cada sinal de vida lá fora
me provoca palpitações fatais.

Flávio Soares

2 comentários:

Thiago Almeida disse...

Inspirado no Setimo Selo, quando eu ficar cara a cara com a morte, vou propor uma partida de xadrez.

Airton disse...

opaa
grande poema legal

http://publicandobr.blogspot.com/

tava sumido daki