"Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?"
Álvaro de Campos
Sabe, Álvaro
também nunca conheci
alguém que tivesse levado porrada
assim como você
estou cercado de campeões.
Oh! Mas que angústia
ver todos os olhos do mundo
me enxergarem tão vil
ao mesmo tempo que meus ouvidos se assombram
com as narrativas heróicas dos vencedores.
Diante dos semideuses
minhas infâmias se escondem no fundo de minha mente.
Que coisa mais vil!
Se esconde o demônio louco.
Se esconde o ladrão.
Se esconde o assassino.
Se esconde o egoísta.
Se esconde o ridículo.
Se esconde o anjo perverso.
Se esconde tudo o que pode haver de vil.
Por conta disto, Álvaro
também titubeio
ao falar com meus superiores
e me envergonho toda vez que ouço
suas vozes inumanas.
Flávio Soares
5 comentários:
Obrigado, Flávio, pelo comentário em meu blog. Estou em um esforço concentrado para organizar minhas memórias e construir meu primeiro livro. Agradeço se puder colaborar com este objetivo, orientando-me no que for necessário.
Muito bom o post! Lembro da afirmação das variadas almas nos grandes homens, como Nietzsche afirmava. Também venho agradecer o comentário que fizeste em meu blog, o livremente presos; me senti elogiado, demasiado elogiado, pelos votos de sucesso encaminhado por um artista, que és tu. Agradeço!
Sempre que puder, dê uma chance a utopia, visitando: www.livrementepresos.blogspot.com
Grande, Flávio!
Oi!
Obrigada pela visita e comentário, muito interessante seu blog. Parabéns!
Feliz Vida! bBeijos!
Mmm... gostei desse olhar. Nunca olhei os poetas sobre essa ótica.
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