quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Alberto Caeiro, o mestre

Eu descobri o pasmo essencial
infelizmente, não me é perfeito
perdi a inocência de não pensar
não olho para o mundo
como uma abelha vê uma flor desabrochar
miro tudo que existe
com a tristeza de um homem feio
quando contempla uma mulher bonita.

Desculpe, mestre
eu falhei.

Flávio Soares

3 comentários:

Carol Betella disse...

Tenho certeza que ele o perdoaria.

Thiago Almeida disse...

O mestre!

Tamara Queiroz disse...

Ha ha ha! Escapou-me o riso com:

miro tudo que existe
com a tristeza de um homem feio
quando contempla uma mulher bonita.


Belíssimo.

Eu sou uma das apaixonadas por Caeiro