Recordo quando tu me perguntava
por qual razão me embriagava tanto
não parecia, mas eu derramava
internamente doloroso pranto.
"A vida é triste", era o que te falava
tu me acalmava com suave encanto
por um momento a morbidez cessava
pra me cobrir mais tarde com seu manto.
Ah! Quantos choques sofremos na vida
por não podermos prever o futuro
jamais sonhei com lúgubre partida
logo você, de pensamento puro
toda vez que me achava alcoolizado
a reclamar de uma existência vã
detestava me ver naquele estado
porém bebeu em péssima manhã
um cálice de vinho envenenado.
Flávio Soares
3 comentários:
excelente.
Fala Flavio!
Gostei muito deste seu post.
Você escreve, irritantemente, bem! rs...
Meus parabéns, cara!
Gosto do teu espaço..
teus textos..!
Radicalmente, gostei!
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