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Lima Barreto é, na opinião de muitos especialistas em literatura, um dos maiores escritores brasileiros. Pobre e mestiço, o autor de Triste fim de Policarpo Quaresma sofreu preconceito sua existência toda. Em meio a tantas adversidades, ele escreveu, com uma literariedade inquestionável, obras que relatavam as injustiças sociais. Alguns críticos de seu tempo o consideravam o sucessor de Machado de Assis.
Abaixo, alguns trechos de seu livro Triste fim de Policarpo Quaresma, que é tido como uma obra-prima da literatura brasileira:
- “Em vários tempos e lugares, a loucura foi considerada sagrada, e deve haver razão nisso no sentimento que se apodera de nós quando, ao vermos um louco desarrazoar, pensamos logo que já não é ele quem fala, é alguém, alguém que vê por ele, interpreta as coisas por ele, está atrás dele, invisível!…”;
- "Ninguém compreende o que quero, ninguém deseja penetrar e sentir; passo por doido, tolo, maníaco e a vida se vai fazendo inexoravelmente com a sua brutalidade e fealdade."
- "Não é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa."
- "Esta vida é absurda e ilógica; eu já tenho medo de viver..."
Além desse livro, Lima Barreto também escreveu Os Bruzundangas e Recordações do escrivão Isaías Caminha, recomendáveis que se leia.
Flávio Antunes Soares
Flávio Antunes Soares