segunda-feira, 27 de abril de 2009

Elegia a Antônio

Com regozijo
me lembro de Antônio
que estava sempre feliz
sorrindo em qualquer circunstância
a vida lhe parecia tão mansa
era um Pangloss...

Todos os momentos ao seu lado
à mesa de um bar
num banco de praça a prosear
ou caminhando pela cidade
eram estranhos
me causava despeito estar próximo a ele
eu me perguntava
como alguem podia ser
constantemente alegre.
Ah! Como eu o invejava...

Durante muito tempo
evitei minha memória
pra não sentir falta de nada
porque a saudade é lúgubre
mas eu não sabia
que a felicidade se encontra
na tristeza da nostalgia
pois só sentimos falta
do que nos foi bom,
então penso em Antônio
que nunca ficou triste
pra conhecer sua felicidade.

Flávio Soares

Um comentário:

Thiago Almeida disse...

Temos que ter um pouco de Antonio em nosso dia-a-dia.

Parabéns pelo texto, Flavio!