terça-feira, 14 de junho de 2011

Elegia a Antônio IV

"Ninguém precisa de nós", li num poema
isto me fez recordar nossas discussões
quando depreciávamos o velho
e exaltávamos o novo.

Pois é
que ironia, Antônio
hoje sou criticado.

Os expoentes de nossa geração
a exemplo dos de Ginsberg
caíram um a um
bêbados, loucos, esquecidos...

O mundo girou rápido
enquanto meu olhar enrugava.

Flávio Soares